quarta-feira, 30 de maio de 2012

beleza esvaída

Às vezes a flor que não tem cheiro é medicinal. Às vezes o cão doente é o mais carinhoso. Às vezes o balsamo mais amargo é o melhor parar suas feridas. Quando as areias cobrirem o fundo e os olhos deixarem de vazar. Quando as cãs se misturam aos castanhos juvenis. Quando meu aperto for fraco e meu sorriso for serio. Quanto tempo tenho pra responder suas questões e ser tão perfeito quanto você pode imaginar. Minha maldição, sua beleza, meus anseios, sua vida, minha embriaguez, sua classe. Hoje em dia nada importa quando a casca supera o sabor e o suor. Darei palmas pro primeiro anjo que me atirar contra a realidade e arrancar meus olhos no despeito de ser algo melhor do que meus dias que sucumbiram ao tempo e vontade de muitos quando eu tinha que apenas ser feliz ao invés de estuprar minha mente pra sorrir alheios de onde já nem tenho mais o nome como importância.

1 comentários:

Anônimo disse...

Fantástico.

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