segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tatuagem e labios.

Lábios, Lábios.
Morde meu corpo; e o desejo de ti consome minha alma.
Ai como desejo marcar em mim de tua mão.
Coma-me todo com seu sexo perfeito.
Afrodite se retorce de inveja de tu.
Anseio de meus anseios.
Vontade de minhas vontades.
Clamo tua beleza ao meu orar noturno.
E singelamente choro por ti.
Mas também te desejo com força de mil homens.
Mas também te quero como criança.
Tua pele desenhada.
Teu cabelo negro.
Tua boca vermelha.
E minha alma branca, sempre esperou e sempre esperará.
Seu ser prostrado, anjo calado, mas de asas gigantescas.
Beijo minha musa inspiradora.

Sessilu

Nem mil canhões me destruirão.
Eu serei águia e voo longe de ti.
Minhas asas hoje abrigam tuas marcas.
De demônio me tornei anjo forte.
Hoje serei algo.
Hoje me enojo de teu cheiro.
Hoje serei livre de novo.
Inveja dos caridosos que me ajudaram.
Hoje nada abala meu orar.
Hoje lhe darei as costas e espero o golpe de teu punhal.
Jamais me matou e jamais me matará
Me sujo de sangue.
Deixo de brilhar as suas vistas e me torno caça a sua ponderação racista.
Sessilu é anjo que sobrevoa sua casa.
Sessilu é o demônio que guardará sua maldade.
Sessilu é tudo o que jamais sonhou em ser.
Voarei com seu sonho e tirarei de você.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Canção do suicida

Arranco minha mão.
Não o defeituoso, mas o maldoso que sorri abertamente das chagas do alheio.
Perco nas palavras onde eram acalanto de minhas lagrimas.
Arranco minha língua não porque ela diz arbitrariedades mas sim porque minha boca maldosa a morde.
Minhas pegadas doem.
Arranco meus pés não porque eles têm atrofia, mas porque minhas pernas fazem questão de levá-los sobre cacos de vidro e areia quente.
Minha alma gela.
Arranco de meu peito meu coração não porque ele é doente mas sim porque a alma anseia em me pregar truques e magoá-lo.
Meus olhos deixam de ver.
Arranco meus olhos não porque não enxergo mas porque ele vive em ver pessoas que me maltrata.
Meu mundo Ruiu.
Arranco-me do mundo não porque eu seja ignorante, mas porque minha mente é sinônima de sensibilidade, algo foi me tirado e por isso hoje algoz desejo que meus sonhos sumam igual a mim

terça-feira, 18 de maio de 2010

caquéctico

Maldito bondoso que és trovador rotundo.
Malefícios geram na alegoria pacifica que adora no moralismo cruel
Fui bem mais do que morri sete vezes na tua boca e corpo.
Ai que saudades de sentir-me ébrio por parar de ser insano, sinto saudades de mim mesmo.
E hoje tão regular, tão perfeito camuflado ao meio, tão você me tornei eu mesmo.
Tornei-me esquecido por todos os amantes de minha pele.
Fiz-me fraco e chorão para ser serviço ao seu acalanto, de nada adiantou
Fui homem, mulher e mais que isso, mas nunca me encontrei nos lábios e cheiros seus.
Sempre fui educado e sempre magoado comigo mesmo porque fui rosa quando queria ser espinho.
Quando fui deixado no fundo da casa e empoeirado fiquei me tornei relíquia, pois ao antiquário fui.
Deixou de ser anjo e pássaro e amigo e amiga e amante.
Deixou de ser para mim.

Poesia pura poesia.

Na monotonia corriqueira me torno criança chorona, mas na tragédia me torno homem guerreiro.
Porque me chupa como se fosse o mais lindos dos homens, sendo que me repudia como o diabo a cruz.
Minha maldita falta, sombra que escrevo sem ver.
Meu medo é que de tanto ódio acabe amando-a tranqüila vida.
Sou maldito e o fraco da família.
Coloco na mão da morte a causa de sua morte.
Junto o perdão jamais amado pelas moças desejadas.
Toda a dor vem me beijar na noite.
Queria ser livre, mas me prendi a liberdade de ser louco.
Vejo despedaçar minha casa, onde quebro sem chamar você.
Escuro que eu tenho medo, mas é verdade que morro mais que você.
Sou louco Deus sou louco.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Jardim bem cuidado

Minha florzinha mais triste que plantei no meu jardim
De longe via chorar sem crer na beleza de suas pétalas
Onde deixei é sempre esmerada
Suas pétalas ainda são vermelhas quando quero ver vermelho e são brancas quando desejo a paz de seus olhos
Sempre ali, de sorriso pequeno, mas de coração grande.
Mas ainda tenho carinhos por você mesmo você tendo espinhos sei que tenta me ferir por medo.
Minha florzinha mais triste que plantei no meu jardim, quando sorri para mim meu dia vira quente e doce porque você é a mais bela flor de sorriso difícil que já vi.

domingo, 16 de maio de 2010

Passaro distante

O passo mais distante voa soberbo no céu de minhas vistas
O erro meu de crer no canto saboroso de suas lábias
Cansei-me de crer em tua beleza
Tornei-me monstro no repudio de sinuosas curvas
E hoje maldoso e sagaz lhe chamo para beber o liquido que veneno o traz
Embebi no seu corpo veneno de tua boca mil vezes pior
Aprendi a bater
Deixei o sofrer
Me abati quando percebi que de galanteios me perdi em sua alma
Maldito pássaro que cantou tão doce em minha janela
Coração infante que crê no calor de suas asas
Hoje me tornei pássaro maior, mais lindo e meu voo é milhares de vezes mais alto que o seu
Hoje me tornei o que sempre sonhei corriqueiro pardal.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Gueixa da cor da terra

...boca que me permeia os sonhos
Sabor invalida aos deleites de meu corpo
Cativa-me aos olhos e instiga-me na mente
Sem juras de mil juras alcanço mentindo sobre verdadeiras coisas
Pele que sinto roçar-me ao cair do sol
Sonho que torna real nas sandices do trovador
Galanteio aos ventos seu nome alcunhado de carinhos maliciosos
Desejo-te no tamanho da lua prata que abençoa a noite dos malditos
Sirvo vinho e sorvo-te em decadência ébria de mente carente
Pulsa-me o coração que ofega na respiração sua cor.
Seu corpo.
Suo prazeres inimagináveis
Alegoria de minha alma jamais mentida
Vitoria de minhas bênçãos
Salubre das salubres.
É minha, somente minha noite e dia minha gueixa da pele cor de terra.
O meu desejo jamais se findara quando nele estiver impregnado seu nome
Seu perfume que transpassa o saber... E o que devo alcançar ao gozo eterno?
Se for paixão, se for amor não saberá.
Só sei que me afundem nesse mar onde estou de alegria interrupta e me deixe afogar-me em risadas e gritar de seu nome.

domingo, 2 de maio de 2010

Duro

Drama, tragédia intransponível de alma ferrenha aguda triste.
Sábio é o tolo que inveja quem apenas chora por alegria.
Demência endêmica outrora vista a boa.
Regurgito sua clemência desdenhada de personalidade e embebida em melosas melodias.
Extremo sua agitação em corriqueira lábia de frontes forjadas
Sujo subalterno ríspido por lhe delegar direitos jamais imaginados.
Prole lúgubre de eterna vingança jamais desferida.
Salobro gosto de sua toca junto a minha que de mel fel se fez.