sexta-feira, 30 de abril de 2010

essência senil

Gero-me em alegorias doces e suspeitas. Fonte de aceitação social que me cria em torno de duvidas desprezadas ao olhar sinuoso das ninfas que berram ao cantarem musica que não entendo.
Sinto calar dos deuses ao ver minha clássica mente deixar-me transpor ininteligível
Na própria essência material e espiritual de minha carne.
Iconoclasta por suposto desfazer de desejos carnais simples opta por maneira senil e ébria aos entornes de algo infando minha carência e demência social, embebedo-me de placebos verbais de anjos cálidos esperando que solucione a maldita dor que consome meu olhar lúgubre.
Devaneio de séptico a suas vozes odeio todos os feridos e rejeitados.
Traga-me em prata moeda vencida que torna a ser somente prata, seus conceitos de moral que rejeita mora em mim.
Minhas sandices de carência, hoje minha alegria é por te ver medíocre ao acenar e despedir-se com olhares tristes.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Anjos e Arcanjos

Quando era Querubim, me enchi de desejo por tua aparência.
E quando cai em tentação, me fiz anjo caído de asas quebradas.
E hoje de coração limpo, alma alva, de sorriso corriqueiro e de formas singelas aos traços de minha face.
Hoje eu volto com espada, escudo em forma de arcanjo, fui guerreiro e deixe a inocência dar lugar a hombridade. Minha barba, meus cabelos, minha força e meus olhos hoje mostram o que jamais deixei de ser.
E hoje você que corre os olhos perante meu semblante, e o cansaço que abate em mim de falso caráter é.
Serei falso ao olhar que penetra meu corpo e vê minha alma.
Serei eterno ao brilho do luar que lhe embala na noite fria.
Serei cálido, frouxo, tímido e algoz quando terminar suas orações pela vida.
Serei eu mesmo quando for tudo mentira, serei verdade nos lábios seus.
Quando fraquejar em meus pés a minha mão estará, estendida como sempre porque meu perdão eterno de maneira eterna sempre foi.
Amiga, amante, amável, traída, traidora sempre estarei aqui...
Peço perdão.

sábado, 24 de abril de 2010

Ri,ri.

Despeço-me em vida ao sabor de sua boca jamais sentida.
Desejando seu corpo, almejando seus lábios nos meus.
Traga-me sua alma, confia que sou isso e em madeira de lei esculpo-me forte e versátil ao seu prazer.
Trago meu alvorecer, trago o canto de meus pássaros, e o sol a bater na janela.
Serei eterno, serei sábio e serei tolo. Precisa de que agora?
Eu desejo sua vida, desejo seu ombro pra quando for chorar ter você.
E quando você precisar de cálidos, quentes e amigáveis beijos estarão aqui, serei dono deles.
De minha inocência faço perdão, de meu olhar abrigo, de meu coração, morada eterna e do espinho da flor faço-te proteção.
Meu amor lembre-se que atrás de todas as colinas, ciprestes, nuvens. Estarei aqui pra quando precisar. Deixa-me dizer que se for um anjo cuidarei de suas asas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Juras

Milhares de mentiras doces que praguejou contra mim.
Dores nas juntas por espertar-te de cócoras.
Clamei ao céu, ao azul do céu, as nuvens do céu, e aos anjos do céu, por você.
Foi fraqueza ao meu corpo, dureza aos olhos.
A noite que fria foi, farta será a manha de sol.
Entoa o canto dos pássaros, enfatiza na minha língua seu sabor.
Perfuma meu pensamento em flores e mel.
Queria o mar verde pra ser nosso padrinho.
Ah morena que tanto amo, pôr que sumiste.
Enevoa minha alma e sangra meu coração.
Amo-te, te amo, te amo.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Força minha

Travaste ao ver sedento semelhante sarnento seguro de si.
Sorveste sagrado ser ao sepulcro seu.
E odeia ao ver que despido de sentimentos maléficos ele segue sangrando e sem temer, sorri a indiferença que lhe franze à testa.
Amigo que lhe intercede em suas feridas, inerente a antigo consolo.
Fraqueja a luz perante seu brilho.
Faz-se força ao ébrio, febre que avassala meu homem.
Subjuga intenso, falta que enodoa vestimenta de seda.
Ao perfume que o vento trouxe minha essência de memória que lhe abriga.
De cãs aparente, de olhos enrugados, e boca desdentada, já não é dono de beleza alguma. Mas a beleza que sempre foi negada é transcrita em conhecimento.
Parabéns somos um bando de infelizes sorrindo ao sabor do mar, então morramos felizes homens de bem.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Domamo-nos na consciência fera agressora, transpondo-se em meios seguros a essência espiritual. Sigamo-nos em causa ferrenha de subta indecisão, ferindo própria mão. Transgrida-a maldita reclusão arbitraria de nossos desejos. Cativo indeciso encanto tão procurado. Desgrenha em fios de seda antes tão bem arrumados. Gera equilíbrio no cortejo a insanidade. Rompe de braços abertos e de frontes franzidas em orgulho falso. Entreguemos nossas alegorias, pintadas e delicadas aos que destruíram nossa casa, diante do trono de seu reinado meu império esconjura tua mãe. De praxe da luxuria sua vista cansada lhe traz agonia onde foi furtivo e lancinante prazeres dogmáticos. Hoje aceita atrevido e consciente o muro que fez tanto pra erguer em volta de ti. Solidão que come seu coração é culpada de meu sofrer, mas eu mesmo lhe moldei minha semelhança e hoje a repudio de meu pensar, pena, pena é tarde de mais.

Móbile

De minha alma fiz móbile e guardei aos cuidados de pandora.
Esperei noite calma, andei observando jazigos; esperei prata luar enobrecer meu corpo.
Desejei-te com infante inocência e exuberância de mil amantes.
Esperei você vir e me fazer de barro, pedra ou madeira.
Esculpi-me de mais puro marfim, teu corpo de pedaços podres foi feito.
E nada aconteceu, berrei, berrei, berrei e fraco meu tom fraco se fez.
Queria ser como a multidão que sorri mediante desgraça alheia.
Eu ainda fraco sou, pois choro ao ver semelhança da dor em ti.
Mas de força me enchi, e andei ate meus pés sangrarem.
Procurei você, e quando vi que você estava aqui.
E ainda me deixei punir e cortaram meus pulsos, arrancaram minhas mãos e de minha boca levaram minha língua.
E então parei de cantar meus amores por sua pessoa.
Mas ainda assim... Consigo lhe trazer em meu coração eterno carinho por você

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Menino doçe

Meu olhar segue esguio, corro corpo igual, assemelho-te em barba e pelos, mas no coração desejo-te.
Assusta em meu desejo?
Repudia tua semelhança por medo, onde esconde tamanho prazer?
Alma igual a minha, coração igual ao meu.
Não sou diferente, minha delicadeza imposta em sorrisos.
Não magoou a rosa que tu amas, nem desejo ter pétalas vermelhas, menos ainda pinto faces tristes.
Sou singelo amante frágil, testemunha de suas desventuras, e fez-se choro em olhos amigos.
Amo, amo sim de peito aberto espero alguém que no frio apenas compartilhe o calor dos ombros, amante de duradouros invernos e beijos quentes.
Sorriso de minha boca é pelos amantes que em si vêem a indiferença no amor igual.

Maldição de mil amores

Sem vontade sorve-me, tira de minha intimidade anseio secreto.
Parte de tua vontade Botar-me em forma prostrada a ti.
Rainha dos imundos, pagã de língua maior, mundana, segrega de minha alma teu corpo.
Severo será meu julgar perante presença maculada em prazeres e gozo, Estupro – ti, de tua carne faço meu sacrifício; regurgito-a, perante tamanha estupidez, fraca, frágil, doce veneno que engulo ávido de teu sexo. Transmuto de corpo perante ato herege.
Praguejo teu nome contra ti, clamo sua praga a minha pessoa, Honre a desonra de sua face pálida. Anjo caído, de dor tira escarlate prazer de meu corpo com as mãos de pontas avermelhadas igual ao lábio que me beija intenso. Lua que vê ato insano perdoa o ébrio que lhe trai, e ama a maldita de asas caídas que aqui me serve, pois ela sim é dona de lúgubre coração no qual fui partido, pois ela não sabe que me escondo atrás de pragas lançadas ao teu nome e lhe tenho dentro do peito por afinidade de alma carente.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Rosa e o jardineiro

Menina. A rosa que volta ao jardim, a paz que me faz sorrir por existir
Chuva fina dos meus dias quentes, Eu cantarei sua volta, desejarei sua boca vermelha, seja eterno meu amor.
Doce do qual jamais enjoei brando sabor. Alegria, alegria Rosa é bem vinda e dona desse coração a muito magoado, limpou, cuidou, me fez alegria.
Deixa a sombra, o vento e meu colo ser seu repouso, deixo dormir, acaricio seus cabelos, e nino-te apenas para ver seu rosto sorrindo.
Dona das preces noturna desse que lhe escreve, de todas as coisas mais lindas que já vi, seu nome estampado em papel simples era ouro aos meus olhos.
Vi seus olhos em minha imaginação, sussurros de ti minha melhor melodia.
Fonte de intenção pura, meu acalanto.
Deixa-me... Me deixa cantar sua beleza e tudo o que gosto de ti.
Deixa-me berrar o que penso, e se vergonha fizer, se seu rosto avermelhar por minha culpa, a anjo perdoe esse pobre amante humilde porem sincero.

irritação do Iirritado

Quando os anjos choram, damas sorriem, cavalheiros bebem e balbuciam.
A ferida do bravo é de mentira, ate o sangue que fede podre nas ataduras são meras fantasias.
Anjos que cuidam dos bravos, bravos que lutam pelos anjos.
Sangre e chore maldita bondade dentro de mim que sutura minha boca e derrama meu ódio em outros canais.
Semblante maldito de bondade alheia, eis teu pecado.
Me fez sorrir agora de troco lhe dou o sal de suas lagrimas, morra maldito ogro de face redonda.
Praguejo a dor que me pagam. Pessimista herege de dom e bondade outrora visto como alegre visita, hoje torno meu rosto face contraria a sua.
Ainda a esperança, maldição dos anjos, covardia dos bravos.
Repudio tua casa, e expulso sua alma, fraca, amante, bondosa. Nada será a minha pessoa antes do depois da morte.
Olhos bondosos? ...traga-me a lamina mãos que escreve
Boca que lhe deseja? Traga-me mão ferro quente para calar-me pra sempre.
Rosa maldita que me espinha sem merecer.
Na bondade pediu-me ser intimo, na tristeza, minha dor renegada.
Hoje no talento que fui clamo o nome da maldição, torno seu inimigo, e quando for velar sua noite trarei pesadelos, esmago teu canteiro, praguejo contra tua boca.
E ao ver-me de olhos vermelhos, de face franzida e me chamar de dor.
Lembre-se usei de talento esquecido pra me tornar maldito pela sua boca, hoje seca meus olhos a dor que antes era febre.