segunda-feira, 24 de maio de 2010

Canção do suicida

Arranco minha mão.
Não o defeituoso, mas o maldoso que sorri abertamente das chagas do alheio.
Perco nas palavras onde eram acalanto de minhas lagrimas.
Arranco minha língua não porque ela diz arbitrariedades mas sim porque minha boca maldosa a morde.
Minhas pegadas doem.
Arranco meus pés não porque eles têm atrofia, mas porque minhas pernas fazem questão de levá-los sobre cacos de vidro e areia quente.
Minha alma gela.
Arranco de meu peito meu coração não porque ele é doente mas sim porque a alma anseia em me pregar truques e magoá-lo.
Meus olhos deixam de ver.
Arranco meus olhos não porque não enxergo mas porque ele vive em ver pessoas que me maltrata.
Meu mundo Ruiu.
Arranco-me do mundo não porque eu seja ignorante, mas porque minha mente é sinônima de sensibilidade, algo foi me tirado e por isso hoje algoz desejo que meus sonhos sumam igual a mim

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