domingo, 16 de maio de 2010

Passaro distante

O passo mais distante voa soberbo no céu de minhas vistas
O erro meu de crer no canto saboroso de suas lábias
Cansei-me de crer em tua beleza
Tornei-me monstro no repudio de sinuosas curvas
E hoje maldoso e sagaz lhe chamo para beber o liquido que veneno o traz
Embebi no seu corpo veneno de tua boca mil vezes pior
Aprendi a bater
Deixei o sofrer
Me abati quando percebi que de galanteios me perdi em sua alma
Maldito pássaro que cantou tão doce em minha janela
Coração infante que crê no calor de suas asas
Hoje me tornei pássaro maior, mais lindo e meu voo é milhares de vezes mais alto que o seu
Hoje me tornei o que sempre sonhei corriqueiro pardal.

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