terça-feira, 16 de março de 2010

Indiferença dos labios

Ausente beleza onde era farta. Toca rosa, morta face, unidos ao gosto de areia que era amor. Nada que atinja aos olhos é fiel a memória. Segurava a rosa sem temer os espinhos, mas agora contenta-se em vê-la murchar. No peito dor, a companheira antiga já esquecida. Sem caras sisudas, sem vozes exaltadas, dona da boca trancada. Onde vertia escarlate agonia nem a cicatriz lhe traz alegria.Julga implícito o que não lhe traz companhia. Nem o choro, nem a alma, nem o corpo; Não é mais dona de minha testa franzida, nem das palavras amigas. Não é dona de mim, nem bondade, nem maldade.

1 comentários:

Teka égea disse...

Lindo

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